sexta-feira, 11 de novembro de 2011

NOVOS LIVROS DA CASA DO PROFESSOR

O fio das missangas
Contos mínimos
Uma ilha chamada livro
Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra
As cem melhores crônicas brasileiras
O prazer de ler
Atlas de Itabira
Educação infantil – fazeres e saberes da formação dos professores
Guilherme Augusto Araújo Fernandes
Viviana Rainha do pijama
Residência no ar
O carteiro chegou
Vamos comer
Dez patinhos
A senha do mundo
Rubem Braga – melhores contos
Projetos e ambientes inovadores
Reflexões sobre a educação no próximo milênio
Ensino Fundamental
Um olhar sobre a escola
Escola hoje
Conversa de professor – Ciências
Conversa de professor – Matemática
Escola hoje
Viagens de leitura
Conversa de professor – Língua Portuguesa
Livros etc...
Viagens de leitura
Cartas aos professores rurais de Ibiúna
Ações de informação e de incentivo à leitura
Ações de informação e de incentivo à leitura
Ensino fundamental de nove anos
E-mails pedagógicos
A criança de seis anos, a linguagem escrita e o ensino fundamental de nove
Prova Brasil
Drogas: Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
Ensino fundamental de nove anos
Entreartes- Oficina Escola que vale
CONAE 2010
Prova Brasil
Banco de atividades habituais de leituras
Explorando o ensino de Ciências
Explorando o ensino de Matemática
Explorando o ensino de Geografia
Explorando o ensino de História
Explorando o ensino de Literatura
Explorando o ensino de Língua Portuguesa
A floresta e a escola - por uma educação ambiental pós-moderna
Pedeagogia PROFANA - Danças, piruetas e mascaradas
Antônio Flávio Barbosa Moreira - Pesquisador em currículo
Carlos Roberto Jamil Cury - Intelectual e Educador
Morte e vida severina - João Cabral de Melo Neto
A Máquina do tempo - H. G. Wells
Dom Casmurro e os discos voadores - Machado de Assis & Lúcio Manfred
Como orientar a pesquisa escolar - Carol Kuhlthau
O uso da calculadora nos anos iniciais do ensino fundamental
Brincar e jogar - enlaces teóricos e metod. no campo da educ. matemática
Antropologia & educação
Aprendendo valores éticos
A biblioteca escolar - Temas para uma prática pedagógica
Crise na escola e políticas educativas
Da escola para casa: alçfabetização
adivinha quanto eu te amo
Chapeuzinho amarelo
A festa no céu
Metodologia científica
Guilhermo Augusto Araújo Fernandes

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

FRASES SOBRE LEITURA

Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca as ideias.
Pablo Neruda

A leitura de um grande livro é muito mais rica que assistir a um grande filme.
Steven Spielberg

É claro que meus filhos terão computadores, mas antes terão livros.
Bill Gates

O mundo é um belo livro, mas com pouca utilidade para quem não sabe ler.
Carlo Goldoni

Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro.
Henry Thoreau

O mais difícil não é escrever muito; é dizer tudo, escrevendo pouco.

A televisão é muito educativa. Toda vez que alguém liga uma, entro num quarto para ler um livro.
Groucho Marx

De toda a minha literatura, você é a minha melhor página.

O homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem sobre o homem que não sabe ler.

As dificuldades são como as montanhas. Elas só se aplainam quando avançamos sobre elas. Leia mais!

O declínio da literatura indica o declínio de uma nação.
Goethe

Não é a beleza, mas sim a humanidade o objetivo da literatura.
Salamah Mussa

A realidade não é uma inspiração para a literatura. No máximo, a literatura é uma inspiração para a realidade.
Romain Gary

A literatura torna o mundo real, dando-lhe forma e permanência.
Fernando Pessoa

Escrever é uma boa maneira de falar sem ser interrompido.
Jules Reynard

Nenhum livro é tão ruim a ponto de não se poder aprender nada com ele.
Plínio

A leitura é conversação silenciosa.
Walter Savage Landor

Ler é pensar com a cabeça dos outros.
Arthur Schopenhauer

A leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo.
Joseph Addison

Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento.
A. Helps

Há escritores que escrevem literatura. outros só conseguem escrever palavras.
Raymanod Chandler

Escolha um autor como escolheria um amigo.
Dillon

Escrevemos porque ninguém nos ouve.
Georges Perros

A arte de escrever é uma das poucas atividades criativas restantes em nossa cultura.
David Poyer

O gosto pela leitura cresce à medida que se lê.
Erasmo de Rotterdam

A literatura não permite caminhar, mas permite respirar.
Roland Barthes

A leitura nos permite viajar sem sair do lugar.

O verdadeiro analfabeto é aquele que aprendeu a ler e não lê.
Mário Quintana

Quem não lê não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo.
Paulo Francis

A leitura nutre a inteligência.
Sêneca

Um país se faz com homens e livros.
Monteiro Lobato

A pessoa que não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.
Malba Tahan

Onde eu não estou, as palavras me acham.
Manoel de Barros

A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida.

O mais valioso de todos os talentos é aquele de nunca usar duas palavras quando uma basta.
Thomas Jefferson

A verdadeira universidade de hoje é uma coletânea de livros.
Thomas Carlyle

A literatura deve ser realmente o lugar onde podem surgir novas idéias que repensem o mundo.
Salman Rushdie

Quem não lê não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo.
Paulo Francis

A leitura nutre a inteligência.
Sêneca

Um país se faz com homens e livros.
Monteiro Lobato

O verdadeiro analfabeto é aquele que aprendeu a ler e não lê.
Mário Quintana

A leitura nos permite viajar sem sair do lugar.

O mundo é um belo livro, mas com pouca utilidade para quem não sabe ler.

Comentário do blog da escritora Roseana Murray após a pelestra em João Neiva.

Domingo, 23 de outubro de 2011
JOÃO NEIVA
João Neiva é uma cidade bem pequena que nasceu há 110 anos a partir da Estação de Trem. Era um núcleo da Vale do Rio Doce. Hoje a Estação não existe mais e a locomotiva dorme no Museu do Trem que fui visitar e é lindo. Fiquei hospedada num hotel estranho e pitoresco, mistura de casa de família com albergue e no caminho para o café da manhã encontrei as samambaias choronas mais bonitas do mundo! Fui recebida por Tatiana Mai que é um feixe elétrico de entusiasmo. Deixei minhas coisas no hotel e fomos almoçar na Casa Brasil, um restaurante muito simpático na beira da estrada. Comi uma farofa capixaba inesquecível. Antes de chegar a João Neiva passamos pela entrada de um Templo Budista e fiquei com muita vontade de conhecer o templo.
A minha fala aconteceu num salão imenso onde estavam todas as instalações que as escolas fizeram para o Festival Literário da cidade e eram lindas. Haveria um jantar depois da nossa conversa e as professoras estavam sentadas em mesas para quatro pessoas. Eu teria que competir com queijinhos e azeitonas e o impulso que qualquer ser humano tem para conversar quando estão vários juntos em volta de uma mesa! Mas felizmente as pessoas me ouviram, era uma platéia maravilhosa, muito receptiva e estavam presentes o Prefeito e o Secretário de Educação que foram super gentis comigo.
Foi servido o jantar, delicioso. Foram sorteados muitos presentes, era uma homenagem ao Dia do Professor. Eu que nunca tenho sorte em sorteios desta vez fiquei surpresa: ganhei uma torradeira maravilhosa que estreamos hoje no nosso café da manhã!!!
Na volta para Vitória, fomos ao Templo Budista, mas não nos deixaram entrar, já que não era dia de visita. O lugar era tão lindo que tive vontade de sentar no chão e chorar de tanta decepção. Trouxe uns postais que me deram e Juan, meu marido , ficou tão apaixonado que a partir dos postais e do que pesquisou na internet, escreveu um blog para seu jornal, o El País, que será publicado amanhã.
O motorista me sugeriu, já que tinhamos tempo, que subissemos a serra até Santa Teresa e foi o que fizemos. Chovia e havia neblina. O caminho, sinuoso, era belíssimo e a pequena cidade é linda mesmo, com uma praça toda florida, com um coreto super antigo. Cristina, a professora que era nossa carona, pois estava indo a Vitória visitar a avó de 96 anos, foi uma guia excelente. Paramos na padaria para tomar café e descemos a serra. Meu voo foi perfeito e a casa me esperava, Juan me esperava, as gatas me esperavam...Vanda, nossa caseira, fez um almoço lindo e Arnaldo e Gisela, nossos amigos taxistas ficaram para almoçar.

Postado por Roseana Murray às 08:56

CONTO OU CRÔNICA

O Homem Nu

Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares... Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.

Fernando Sabino

CONTO OU CRÔNICA? O inferninho e o Gervásio

O cara que me contou esta história não conhece o Gervásio, nem se lembra quem lhe contou. Eu também não conheço o Gervásio nem quem teria contado a história ao cara que me contou, portanto, conto para vocês, mas logo vou explicando que não estou inventando nada.

Deu-se que o Gervásio tinha uma esposa desses ditas “amélias”, embora gorda e com bastante saúde. Porém, Mme. Gervásio não era de sair de casa, nem de muitas badalações. Um cineminha de vem em quando e ela ficava satisfeita.

Mas deu-se também que o Gervásio fez 25 anos de casado e baixou-lhe um remorso meio chato. Afinal, nunca passeava, a coitada, e, diante do remoer de consciência, resolveu dar uma de bonzinho e, ao chegar em casa, naquele fim de tarde, anunciou:

— Mulher, mete um vestido melhorzinho que a gente vai jantar fora!

A mulher nem acreditou, mas pegou a promessa pelo rabo e foi se empetecar. Vestiu aquele do casamento da sobrinha e se mandou com o Gervásio para Copacabana. O jantar — prometia o Gervásio — seria da maior bacanidade.

Em chegando ao bairro que o Conselheiro Acácio chamaria de “floresta de cimento armado”, começou o problema da escolha. O táxi rodava pelo asfalto e o Gervásio ia lembrando: vamos ao Nino's? Ao Bife de Ouro? Ao Chauteau? Ao Antonio's? Chalet Suisse? Le Bistrô?

A mulher — talvez por timidez — ia recusando um por um. Até que passaram em frente a um inferninho desses onde o diabo não entra para não ficar com complexo de inferioridade. A mulher olhou o letreiro e disse:

— Vamos jantar aqui.

— Aqui??? — estranhou Gervásio. — Mas isto é um inferninho!

— Não importa - disse a mulher. — Eu sempre tive curiosidade de ver como é um negócio desses por dentro.

O Gervásio ainda escabriu um pouquinho, dizendo que aquilo não era digno dela, mas a mulher ponderou que ele a deixara escolher e, por isso, era ali mesmo que queria jantar. Vocês compreendem, né? Mulher-família tem a maior curiosidade para saber como é que as outras se viram.

Saíram do táxi e, já na entrada, o porteiro do inferninho saiu-se com “Boa-noite, Dr. Gervásio” marotíssimo. Felizmente a mulher não ouviu. O pior foi lá dentro, o maitre d'hotel abriu-se no maior sorriso e perguntou:

— Dr. Gervásio, a mesa de sempre? — e foi logo se encaminhando para a mesa de pista.

Gervásio enfiou o macuco no embornal e aguentou as pontas, ainda crédulo na inocência da mulher. Deu uma olhada para ela, assim como quem não quer nada, e não percebeu maiores complicações. Mas a insistência dos serviçais de inferninho é comovedora. Já estava o garçom ali ao pé do casal, perguntando:

— A senhorita deseja o quê? — e, para o Gervásio: — Para o senhor o uísque de sempre, não, Dr. Gervásio?

A mulher abriu a boca pela primeira vez, para dizer:

— O Gervásio hoje não vai beber. Só vai jantar.

— Perfeito — concordou o garçom. — Neste caso, o seu franguinho desossado, não é mesmo?

O Gervásio nem reagiu. Limitou-se a balançar a cabeça, num aceno afirmativo. E, depois, foi uma dureza engolir aquele frango que parecia feito de palha e matéria plástica. O ambiente foi ficando muito mais para urubu do que para colibri, principalmente depois que o pianista veio à mesa e perguntou se o Dr. Gervásio não queria dançar com sua dama “aquele samba reboladinho.”

Daí para o fim, a única atitude daquele marido que fazia 25 anos de casado e comemorava o evento foi pagar a contar e sair de fininho. Na saída, o porteiro meteu outro “Boa-noite, Dr. Gervásio”, e abriu a porta do primeiro táxi estacionado em frente.

Foi a dupla entrar na viatura e o motorista, numa solicitude de quem está acostumado a gorjetas gordas, querer saber:

— Para o hotel da Barra, doutor?

Aí ela engrossou de vez: — Seu moleque, seu vagabundo! Então é por isso que você se “esforça” tanto, fazendo extras, não é mesmo? Responde, palhaço!

O Gervásio quis toimar uma atitude digna, mas o motorista encostou o carro, que ainda não tinha andado cem metros, e lascou:

— Dr. Gervásio, não faça cerimônia: o senhor querendo eu dou umas bolachas nessa vagabunda, que ela se aquieta logo.

STANISLAW PONTE PRETA

Palestra da escritora Roseana Murray

Palestra da escritora Roseana Murray

Palestra de Roseana Murray

Palestra da escritora Roseana Murray

terça-feira, 1 de novembro de 2011

2° FESTIVAL LITERÁRIO

Aconteceu nos dias 19, 20 e 21 de outubro no Centro Comunitário de João Neiva, o 2° Festival Literário promovido pela CASA do PROFESSOR e organizado por Tatiani , Eliane e Lucileni com a participação efetiva de todas as escolas da rede municipal. Foi um grande sucesso!
Além de belíssimos estandes montados com autores diversos, aconteceram teatros, danças, musicais e como fechamento do festival aconteceu uma palestra com a renomada escritora infantil Roseana Murray.
Nós, Casa do Professor,agradecemos a todos os professores, supervisores,diretores e equipe escolar pelo empenho em todos os trabalhos apresentados.
Nosso muito obrigada a todos!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Feira de Livros do "Barão"

Acontece nos dias 13, 14 e 15 de setembro na EMEF "Barão de Monjardim" a
I Feira do Livro, com várias obras e vários autores.
Horário: 7:00h ás 17:00h.
Todos estão convidados, pais, alunos e toda a comunidade,participem!
"Ler é descobrir novos horizontes, venha se encantar no mundo da leitura!"

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Intertextualidade associanda a interdisciplinaridade

LEIA O TEXTO DE ROSEANA MURRAY:

CLASSIFICADOS POÉTICOS
Procura-se algum lugar no planeta
onde a vida seja sempre uma festa
onde o homem não mate
nem bicho nem homem
e deixe em paz
as árvores da floresta.

Procura-se algum lugar no planeta
onde a vida seja sempre uma dança
e mesmo as pessoas mais graves
tenham no rosto um olhar de criança.

Troco um fusca branco
por um cavalo cor de vento
um cavalo mais veloz que o pensamento
Quero que ele me leve pra bem longe
e que galope ao deus-dará
que já me cansei deste engarrafamento...
Perdi maletas cheias de nuvens
e de flores,
maleta onde eu carregava
todos os meus amores embrulhados
em neblina.

Perdi essa maleta em alguma esquina
e algum sonho
e desde então eu ando tristonho
sem saber onde pôr as mãos.
Se andando pelas ruas
você encontrar a tal maleta,
por favor, me avise em pensamento
que eu largo tudo e vou correndo...
se uma casa encantada
no topo da mais alta montanha.
Tem dois amplos salões
onde você poderá oferecer banquetes
para os duendes e anões
que moram na floresta ao lado.
Tem jardineiras nas janelas,
onde convém plantar margaridas.
Tem quartos de todas as cores
que aumentam ou diminuem
de acordo com seu tamanho
e na garagem há vagas
para todos os seus sonhos.

VEJA OS CLASSIFICADOS ELABORADOS PELAS PROFESSORAS:

VENDO TEXTOS POÉTICOS. ÓTIMOS PREÇOS. TRATAR COM A SENHORA PREPOSIÇÃO, VESTIDA DE PRETO. NESTE ENDEREÇO: CASA DO VERBO, NÚMERO ZERO, RINCÃO DO MEIO. (CLASSIFICADO DA PROFESSORA EDUNA)

TROCO UM LIVRO INFANTIL: O MÁGICO DE OZ, ÓTIMO ESTADO. UMA BELÍSSIMA HISTÓRIA. POR OUTRO INTERESSANTE. INTERESSADOS PROCUREM NA RUA DOS CLÁSSICOS INESQUECÍVEIS. (CLASSIFICADO DA PROFESSORA MARISTELA)

PROCURA-SE UM ÁTOMO. FUNDAMENTAL BUSCAR A ESTABILIDADE QUÍMICA E TER ELÉTRONS NA CAMADA DE VALÊNCIA. TRATAR COM NITROGÊNIO. TABELA PERIÓDICA, 2º PERÍODO, GRUPO 5º. ( CLASSIFICADO DA PROFESSORA ADRIANA)

PRECISO DE TINTA NATURAL. PREFERÊNCIA PAU-BRASIL QUE SERÁ FORTE E RESISTENTE. TRATAR ESQUINA DA PADARIA FRENTE LEITEIRA. (CLASSIFICADO PROFESSORA VILMA)

VENDE-SE UM FOGÃO ÓTIMA CHAMA. PREÇO ÓTIMO. TRATAR PORTA DA COZINHA. (CLASSIFICADO DA PROFESSORA FRANCIELE)

1- Sabe-se que nos classificados são cobradas as palavras escritas. Sendo assim conte quantas palavras cada professora escreveu.

EDUNA________ VILMA__________ ADRIANA_______ FRANCIELE_______ MARISTELA________

2- Veja um classificado de jornal: ( recorte e cole um do jornal)

Sabendo que em classificado cobram-se as palavras, economize-as fazendo um classificado com o conteúdo do livro ou do caderno de:

Ciências
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Matemática ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

História
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Geografia
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Português
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Não esqueça de usar seu conhecimento e uma dose de humor.

3- Conte as palavras de cada classificado:
Ciências______ Matemática________História_______Geografia_______Português__________

4- Sabendo que cada palavra custa 0,85. Quanto você pagou por cada classificado?
Ciências______ Matemática________História_______Geografia_______Português__________

5- E se fosse cobrado a pontuação juntamente com as palavras. Quanto você pagaria por cada classificado?
Ciências______ Matemática________História_______Geografia_______Português__________

6- Pagando seu classificado de Ciências e o de mais três amigos. Quanto gastaria ao total?
Seu______Amigo 1 _______ Amigo 2 ________ Amigo 3- ______ TOTAL____________

7- Refaça os classificados mudando a forma do texto: De classificado para poema como no texto de Roseana Murray, abusando de palavras poéticas.
Ciências____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Matemática__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

História____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Geografia___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Português___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

terça-feira, 12 de julho de 2011

Livros de Roseana Murray

Roseana Murray, Poemas para Ler na Escola, ed. Objetiva, 2011, seleção de Hebe Coimbra

O CIRCO, ed. Paulus, 2011, ilustrações Caó Cruz Alves (reedição)


O Mar e os Sonhos,
ed. Lê, reedição, 2011
Ilustrações: Elvira Vigna


Uma Gata no Coração
Ed. Amarilys, 2011
Ilustrações: Caó Cruz Alves


Classificados Poéticos
Reedição Ed. Moderna, 2010
Ilustrações: Mari Inês Piekas


Vento Distante
Ed. Escrita Fina, 2010
Capa: Martha Werneck
(Catálogo de Bolonha 2011)


Carteira de Identidade Ed. Lê, 2010

Ilustrações: Elvira Vigna
(Catálogo de Bolonha 2011)

Arabescos no Vento
Ed. Prumo
Ilustrações: Elvira Vigna

Kira
Ed. Casa Amarela
Ilustrações: Elizabeth Teixeira

Fardo de Carinho
Ed. Lê
Ilustrações: Elvira Vigna

Fábrica de Poesia
Ed. Scipione
Ilustrações: Caó Cruz Alves

Poemas de céu
Ed. Paulinas
Ilustrações: Maria Ines Piekas

Poemas e Comidinhas
Ed. Paulus
Ilustrações: Caó Cruz Alves

Jardins
Ed. Manati
Ilustrações: Roger Mello

Artes e Ofícios
Ed. FDT
Ilustrações: Caó Cruz Alves

No Cais do Primeiro Amor
Ed. Larousse
Ilustrações: Evelyn Kligerman

Maria-Fumaça cheia de graça
Ed. Larousse
Ilustrações: Demóstenes Vargas

O Xale Azul da Sereia
Ed. Larousse
Ilustrações: Edith Derdyk

Caixinha de Música
Ed. Manati
Ilustrações: Sérgio Magalhães

Carona no Jipe
Ed. Salamandra
Ilustrações: Helena Alexandrino

O traço e a traça
Ed. Scipione
Ilustrações: Elma

Duas Amigas
Ed. Paulus
Ilustrações: Andréia Resende

Falando de Pássaros e Gatos
Ed. Paulus
Ilustrações: Helena Alexandrino

Um avô e seu neto
Ed. Moderna
Ilustrações: Eduardo Albibi

Lua cheia amarela
Ed. Dimensão
Ilustrações: Ana Raquel

O fio da meada
Ed. Paulus
Ilustrações: Elizabeth Teixeira

Um Cachorro para Maya
Ed.Salamandra
Ilustrações: Lúcia Brandão

O silêncio dos descobrimentos
Ed. Paulus
Ilustrações: Elvira Vigna

Pêra, uva ou maça?
Ed. Scipione
Ilustrações: Ana Raquel

Poesia essencial
Ed. Manati
Ilustrações: Projeto Silvia Negreiros

Residência no ar
Ed. Paulus
Ilustrações: Evelyn Kligerman

Fruta no Ponto
Ed. FDT
Ilustrações: Sara Ávila

Manual da Delizadeza
Ed. FDT
Ilustrações: Elvira Vigna

Felicidade
Ed. FDT
Ilustrações: Marilda Castanha

Tantos medos e outras coragens
Ed. FDT
Ilustrações: Galvão

Pequenos Contos de Leves Assombros
Ed. Quinteto
Ilustrações: Alberto Llinares

Sete Sonhos e um Amigo
Ed. FDT
Ilustrações: Cárcamo

Recados do Corpo e da Alma
Ed. FDT
Ilustrações: Andréia Resende

Receitas de Olhar
Ed. FDT
Ilustrações: Elvira Vigna

Rios da Alegria
Ed. Moderna
Ilustrações: Andréia Resende

Terremoto Furacão
Ed. Paulus
Ilustrações: Cárcamo

Uma história de fadas e elfos
Ed. Nacional
Ilustrações: Elvira Vigna

Luna, Merlin e outros habitantes
Ed. Nacional
Ilustrações: Maurízio Manzo

BIOGRAFIA DE ROSEANA MURRAY

Nasceu no Rio de Janeiro em 1950. Graduou-se em Literatura e Lingua Francesa em 1973 (Universidade de Nancy/ Aliança Francesa).

Publicou seu primeiro livro infantil em 1980 (Fardo de Carinho, ed. Murinho, R.J). Em 2011 tem mais de 60 livros publicados. Tem dois livros traduzidos no México (Casas, ed. Formato e Três Velhinhas tão velhinhas, ed. Miguilim/ Ibeppe) . Seus poemas estão em antologias na Espanha. Tem poemas traduzidos em seis linguas ( in Um Deus para 2000, Juan Arias, ed. Desclée e Maria, esta grande desconhecida, Juan Arias, ed. Maeva.).

Recebeu o Prêmio O Melhor de Poesia da FNLIJ nos anos 1986 (Fruta no Ponto, ed. FTD), 1994 (Tantos Medos e Outras Coragens, ed. FTD) e 1997 (Receitas de Olhar, ed. FTD).

Recebeu o Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte em 1990 para o livro Artes e Ofícios, ed. FTD, S.P.
Entrou para a Lista de Honra do I.B.B.Y em 1994 com o livro Tantos Medos e Outras Coragens tendo recebido seu diploma em Sevilha, Espanha.

Recebeu o Prêmio Academia Brasileira de Letras em 2002 para o livro Jardins ed. Manati, R.J como o melhor livro infantil do ano.

Participou ao longo destes anos de vários projetos de leitura. Implantou em Saquarema, em 2003, junto com a Secretaria Municipal de Educação, o Projeto Saquarema, Uma Onda de Leitura.

ROSEANA MURRAY

QUEM É ROSEANA MURRAY

Digo como Neruda, poeta que amo: para nascer nasci. Para fazer poesia, amar, cozinhar para os amigos, para ter as portas da casa e do coração sempre abertas. Nasci num dia quente de dezembro, em 1950, dois meses antes do previsto, numa clínica em Botafogo. Sou filha de imigrantes poloneses que vieram para o Brasil fugindo do antissemitismo. Gosto de mato e silêncio, não sou nada urbana. Durante muitos anos vivi em Visconde de Mauá, mas troquei Mauá por Saquarema em 2002, já que uma cirurgia na coluna tornou a montanha quase intransponível. Mas o meu filho André Murray continua lá tocando as suas árvores e panelas no Restaurante Babel : ele é Chef de Cozinha. Meu outro filho é músico, o Guga . Ele vive em Granada , na Espanha e tem um trio no Brasil, o Um Trio Vira-Lata. Eles são filhos do meu primeiro casamento. Desde 1997 estou casada com o Juan Arias, jornalista e escritor . Tenho muitos livros publicados e leitores de todas as idades, aliás não acredito em idade, mas sim em experiências vividas. Fico muito feliz quando penso que um poema que escrevi aqui na minha mesa, sozinha, chega a lugares tão distantes e emociona tanta gente.


Roseana Murray

Novos livros da Casa do Professor

O fio das missangas Mia Couto

Contos mínimos Heloisa Seixas

Uma ilha chamada livro Heloisa Seixas

Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra Mia Couto

As cem melhores crônicas brasileiras Joaquim Ferreira dos Santos

O prazer de ler Heloisa Seixas

terça-feira, 21 de junho de 2011

Interpretação de texto - Gênero - Biografia

BIOGRAFIA

RICARDO AZEVEDO

Gêneros não-Ficcionais

Autobiografia de Ricardo Azevedo

Escrevi essa autobiografia a partir de certas perguntas recorrentes feitas por leitores. Sou casado com a Maria e tenho três filhos: Maria Isabel, José Eduardo e Clara. Lá em casa morava uma simpática e peluda carregadora de pulgas de nome Diana.
Infelizmente, a Diana tinha treze anos e morreu. Agora temos dois animais irracionais em casa: Platão e Flor. Gosto muito de música, tanto que se não fosse escritor tentaria arranjar emprego de pianista de pizzaria. Um dos melhores livros que já li foi o Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. Falando de pintura, admiro o
belga René Magritte. Falando de gravura, admiro o pernambucano Gilvan Samico, e também as xilogravuras populares. Torço pelo glorioso Santos Futebol Clube, o gigante indescritível da Vila Belmiro. Aprecio pão, queijo e cerveja, por isso minha discreta barriguinha. Sou tímido, mas não medroso, se bem que já fugi de
cachorro bravo. Calço 43. Venho pesquisando a cultura popular brasileira há muitos anos. Acho que a literatura deve tratar sempre daqueles assuntos meio vagos, sobre os quais ninguém pode ensinar, só compartilhar: as emoções, os medos, as paixões, as
alegrias, as injustiças, o cômico, os sonhos, a passagem inexorável do tempo, a dupla existência da verdade, as utopias, o sublime, o paradoxal, as ambiguidades, a busca do autoconhecimento, coisas banais que fazem parte do dia-a-dia de todas as pessoas. Para mim, a literatura, inclusive a infantil, é, sem dúvida, uma forma de tentar compreender a vida e o mundo.

Fonte: www.ricardoazevedo.com.br

Biografia

1 Diana é uma cachorra? Copie do texto um trecho que justifique sua resposta.
____________________________________________________________________________________
2 Qual é um dos melhores livros na opinião do
autor?
a. ( ) Santos Futebol Clube.
b. ( ) Xilogravura.
c. ( ) Dom Quixote.
d. ( ) Vila Belmiro.

3 Ricardo Azevedo acha que a literatura deve tratar sobre que assunto?
a. ( ) Sobre o futebol de várzea.
b. ( ) Sobre a pintura de vasos.
c. ( ) Sobre assuntos vagos que ninguém ensina.
d. ( ) Sobre música para gagos.

4 Qual tem sido o tema de pesquisa do escritor?
a. ( ) A música dos pianistas de pizzaria.
b. ( ) A pintura do belga René Magritte.
c. ( ) A gravura de Gilvan Samico.
d. ( ) A cultura popular do Brasil.

Atividades de leitura - Gênero - Biografia

Biografia de Eva Furnari

Nascida em Roma, na Itália, em 1948, Eva Furnari veio para o Brasil em 1950, com apenas dois anos de idade, e radicou-se, com sua família, em São Paulo.

Trabalha como escritora e ilustradora de livros, sendo uma das principais figuras da literatura infantil.

Durante sete anos publicou pequenas histórias semanais no suplemento infantil do jornal Folha de S. Paulo. Nas páginas desse suplemento nasceu sua mais famosa personagem, a desastrada Bruxinha, com suas mágicas divertidíssimas.

Ao longo de sua carreira, Eva Furnari recebeu diversos prêmios importantes da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ): em 1980, pela coleção “Peixe Vivo”; em 1982, pelo melhor livro sem texto: A bruxinha atrapalhada; em 1987, pela coleção “Ping-Pong”; e, em 1993, 1995 e 1998, foi agraciada com o Prêmio Jabuti de melhor ilustração infantil pelos livros Truks, A bruxa Zelda e O anjinho,
respectivamente. Em 1987 ganhou o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) pelo conjunto de sua obra.

Tem publicados mais de 30 livros, com mais de 2,5 milhões de exemplares vendidos no Brasil e em países da América Latina como México, Equador e Bolívia.

Fonte: Texto adaptado do site:
www.caracol.imaginário.com/autografos/evafurnari

QuesTões | eva Furnari 4

Gêneros não-Ficcionais 1 De acordo com o texto, é correto dizer que Eva Furnari é brasileira, apesar de não ter nascido no Brasil? Por quê?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2 Eva Furnari é uma autora bastante conhecida. Justifique essa afirmação.
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3 Quais os títulos dos três livros premiados como melhor ilustração infantil?
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4 O texto biográfico nos conta que: Eva Furnari foi agraciada, três vezes, com o Prêmio Jabuti. O que quer dizer a palavra agraciada?
a. ( ) Agradecida.
b. ( ) Premiada.
c. ( ) Repetida.
d. ( ) Graciosa.

5 Releia o trecho retirado do texto:
“(...) em 1993, 1995 e 1998, foi agraciada com o Prêmio Jabuti de melhor ilustração infantil pelos livros Truks, A bruxa Zelda e O anjinho, respectivamente.”
A palavra respectivamente, escrita no final do texto, quer dizer que:
a. ( ) O Prêmio Jabuti aconteceu em 1993,1995 e 1998.
b. ( ) Em 1993 o prêmio foi dado ao livro Trucks, em 1995 o livro premiado foi A bruxa Zelda e, em 1998, Eva recebeu o prêmio pela publicação de
O anjinho.
c. ( ) Ela escreveu os três livros nos anos de 1993, 1995 e 1998.
d. ( ) Somente o livro Truks foi premiado.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Acompanhe o livro - A história sem fim - este é o primeiro capítulo

Michael Ende

A Historia Sem Fim

Martins Fontes
São Paulo - I993

ATSIBARRAFLA
KOREANDER KONRAD KRAL - PROPRIETÁRIO
Esta inscrição encontrava-se na porta envidraçada de uma pequena loja,
mas, naturalmente, só tinha este aspecto quando, do interior sombrio da loja,
se olhava para a rua através da vidraça.
Lá fora, era uma manhã cinzenta e fria de novembro, e chovia a cântaros.
As gotas escorriam pela vidraça e por cima das letras floreadas. Tudo o que
se via através da vidraça era uma parede manchada pela chuva do outro lado
da rua.
De repente, a porta se abriu com tanta força que os sininhos de latão, que
pendiam sobre ela, começaram a tilintar e só pararam depois de alguns
instantes.
O causador deste tumulto era um garoto baixo, gordo, de uns dez ou
onze anos. O cabelo castanho-escuro, molhado, caía-lhe sobre o rosto; tinha
o casaco encharcado de chuva e trazia a tiracolo uma pasta escolar presa por
uma correia. Estava um pouco pálido e ofegante, mas apesar de há pouco
parecer ter muita pressa, continuava parado diante da porta aberta, como se
estivesse pregado no chão.
À sua frente estendia-se um compartimento comprido e estreito cujos
fundos se perdiam na escuridão. Nas paredes havia estantes que iam do chão
ao teto, abarrotadas de livros de todos os tamanhos e formas. No chão,
empilhavam-se montes de grandes manuscritos, e em algumas mesinhas,
havia também montes de livros menores, encadernados em couro, com capas
enfeitadas a ouro. Por trás de uma parede de livros da altura de um homem,
colocada ao fundo do compartimento, brilhava a luz de um candeeiro. Desse
local iluminado, erguia-se de vez em quando uma argola de fumo, que ia
aumentando de tamanho para depois desaparecer lá em cima, na escuridão.
Pareciam sinais de fumaça usados pelos índios para enviarem mensagens de
colina em colina. Era óbvio que havia alguém ali e, com efeito, o rapaz
ouviu uma voz bastante rude, que por detrás da parede de livros dizia:
— Ou entre, ou saia, mas feche a porta. Está ventando.
O rapaz obedeceu e fechou a porta de mansinho. Depois, aproximou-se
da parede de livros e espreitou cautelosamente para o outro lado. Um homem
atarracado estava sentado por detrás dos livros, numa poltrona de orelhas, de
couro muito gasto. Vestia um terno escuro, amarrotado, que parecia muito
usado e como que empoeirado. Tinha a barriga apertada em um colete
estampado. O homem era calvo, mas por cima das orelhas havia dois tufos
de cabelos brancos espetados. O rosto era vermelho e lembrava a cara de um
buldogue feroz. O nariz bulboso sustentava um par de óculos pequenos,
dourados. Além disso, fumava um cachimbo curvo que lhe pendia dos
lábios, obrigando-o a torcer a boca. Segurava sobre os joelhos um livro que
devia estar lendo, pois fechara-o, deixando o grosso indicador da mão
esquerda entre as páginas — como um marcador, por assim dizer.
O homem tirou os óculos com a mão direita, examinou o rapaz pequeno
e gordo que se mantinha de pé à sua frente com o casaco encharcado, e,
fechando um pouco os olhos, o que lhe acentuou o ar de ferocidade, limitouse
a murmurar:
— Minha nossa!
Depois, abriu novamente o livro e recomeçou a ler.
O rapaz não sabia muito bem o que fazer, por isso deixou-se ficar
simplesmente ali, fitando o homem com os olhos muito abertos. Finalmente,
o velho fechou novamente o livro, deixando o dedo entre as páginas, e
resmungou:
— Preste atenção, menino! Eu não gosto de crianças. Sei que está na
moda fazer um grande alarido quando se trata de vocês. . . Mas comigo não!
Não gosto nada, nada de crianças. Para mim, não passam de uns patetas
choramingas, de uns desajeitados que estragam tudo, sujam os livros de
geléia, rasgam as páginas, e não querem nem saber dos problemas e
preocupações que os adultos possam ter. Digo isto para que você não se
iluda. Além do mais, não tenho livros para crianças e nem venderei outros
livros a você. Espero ter sido claro!
Disse tudo isto sem tirar o cachimbo da boca. No fim, tornou a abrir o
livro e recomeçou a leitura.
O rapaz assentou em silêncio e fez menção de se retirar; de alguma
forma, porém, pareceu-lhe que não poderia aceitar aquele sermão sem
protestar e, por isso, voltou-se uma vez mais e disse baixinho:
— Nem todos são assim.
O homem ergueu lentamente os olhos do livro e voltou a tirar os óculos.
— Você ainda está aí? Diga-me uma coisa: o que é preciso fazer para eu
me ver livre de você? O que você tinha de tão importante para dizer?
— Não era importante, respondeu o rapaz ainda mais baixinho. Eu só
queria dizer que nem todas as crianças são assim como o senhor disse.
— Então é isso! O homem levantou as sobrancelhas com ar de espanto.
E certamente você é a grande exceção, não é?
O rapazinho gordo não soube o que responder. Encolheu ligeiramente os
ombros e voltou-se para ir-se embora.
— Bela educação!, ouviu a voz resmungona dizer atrás de si. Isto você
não deve ter muita; senão, pelo menos tinha-se apresentado.
— Meu nome é Bastian, disse o rapaz. Bastian Baltazar Bux.
— Mas que nome curioso!, resmungou o homem. Com esses três bês.
Mas você não tem culpa de ter esse nome; não foi você que o escolheu. Eu
me chamo Karl Konrad Koreander.
— Três ks, disse o rapaz com um ar sério.
— Hum!... resmungou o velho. Correto!
Deu umas baforadas no cachimbo. — Mas pouco interessa como nos
chamamos, porque não vamos voltar a nos ver. Agora eu gostaria de saber
uma coisa. Por que é que você entrou com tanta pressa em minha loja?
Parecia que você estava fugindo de alguma coisa. Estava?
Bastian acenou que sim com a cabeça. Seu rosto redondo empalideceu,
os olhos abriram-se ainda mais.
— Provavelmente assaltou a caixa de uma loja, supôs o senhor
Koreander, ou bateu em uma velhinha ou fez qualquer coisa dessas que
vocês costumam fazer. A polícia está atrás de você, rapaz?
Bastian sacudiu a cabeça.
— Vamos, responda, disse o Sr. Koreander. De quem você está fugindo?
— Dos outros.
— Que outros?
— Dos rapazes da minha classe.
— Por quê?
— Porque nunca me deixam em paz.
— O que eles fazem?
— Ficam me esperando na saída da escola.
— E depois?
— Ficam me xingando, me empurram e riem de mim.
— E você não faz nada?
O Sr. Koreander fitou o rapaz por algum tempo com ar reprovador, e
depois perguntou:
— E por que você não lhes dá um murro no nariz? Bastian olhou para ele
com os olhos arregalados.
— Não gosto de bater. E, além disso, não sou muito bom no boxe.
— E brigar, você também não sabe? perguntou o Sr. Koreander. Você
sabe correr, nadar, jogar bola, fazer ginástica? Ou não' sabe fazer nada disso?
O rapaz fez que não com a cabeça.
— Em outras palavras, você é um molengão, não é verdade? disse o Sr.
Koreander.
Bastian encolheu os ombros.
— Mas falar você sabe, disse o Sr. Koreander. Por que não responde
quando eles zombam de você?
— Já fiz isso uma vez. . .
— E o que aconteceu?
— Eles me colocaram numa lata de lixo e amarraram a tampa. Fiquei
chamando umas duas horas até que alguém me ouviu.
— Hum, resmungou o Sr. Koreander, e agora você não se atreve a fazer
outra vez a mesma coisa.
Bastian fez que sim com a cabeça.
— Tudo isso quer dizer, concluiu o Sr. Koreander, que você é um
medroso.
Bastian baixou a cabeça.
— Mas aposto que você é um bom aluno, não é? O melhor da classe, que
só tira dez, o preferido dos professores, ou não?
— Não, disse Bastian, mantendo os olhos baixos. No ano passado eu
repeti.
— Pelo amor de Deus! exclamou o Sr. Koreander. Então você é um
fracasso total.
Bastian não disse nada. Deixou-se simplesmente ficar onde estava, os
braços caídos, o casaco pingando.
— O que é que eles dizem quando zombam de você?, quis saber o Sr.
Koreander.
— Não sei. . . Tudo o que lhes vem à cabeça.
— Por exemplo?
— Gordo, Gordão! Parece um balão! Quando sobe na árvore se
esborracha no chão!
— Esta não tem muita graça, disse o Sr. Koreander. E que dizem mais?
Bastian hesitou antes de responder:
— Maluco, cabeça de vento, mentiroso, convencido. . .
— Maluco? Por quê?
— Sabe, às vezes eu falo sozinho.
— E o que é que você fica falando?
— Imagino histórias, invento nomes e palavras que ainda não existem e
outras coisas assim.
— E você conta essas coisas para você mesmo? Por quê?
— Porque não interessam a mais ninguém.
O Sr. Koreander calou-se durante algum tempo, pensativo.
— E os seus pais, que dizem disso tudo?
Bastian não respondeu logo. Depois de algum tempo, murmurou:
— O meu pai não diz nada. Nunca diz nada. Não quer saber de nada.
— E a sua mãe?
— Já não está conosco.
— Os seus pais são separados?
— Não, disse Bastian. A minha mãe morreu.
Nesse momento tocou o telefone. O Sr. Koreander levantou-se com
alguma dificuldade da sua poltrona e, arrastando os pés, dirigiu-se para um
pequeno gabinete que ficava nos fundos da loja. Tirou o fone do gancho e
Bastian, com um pouco de esforço, ouviu-o dizer o nome. Mas, depois, o Sr.
Koreander fechou a porta do gabinete e não se ouviu mais nada, além de um
murmúrio abafado.
Bastian deixou-se ficar onde estava, sem saber como aquilo tudo tinha
acontecido e porque ele havia dito e confessado tudo aquilo. Detestava que
lhe fizessem perguntas. De repente, apavorado, deu-se conta de que ia
chegar atrasado à escola: sim, tinha que se apressar, correr. . . mas deixou-se
ficar onde estava, indeciso. Alguma coisa o retinha, e ele não sabia ao certo
o que era.
Continuava a ouvir no gabinete a voz abafada do Sr. Koreander. A
conversa ao telefone não acabava mais.
Bastian deu-se conta de que durante todo o tempo estivera olhando
fixamente o livro que o Sr. Koreander tinha nas mãos e que se encontrava
agora sobre a poltrona de couro. Era como se o livro tivesse uma espécie de
magnetismo que o atraía irresistivelmente.
Aproximou-se da poltrona, estendeu a mão devagar, e tocou o livro — e
no mesmo instante ouviu dentro de si um "clique", como se tivesse sido pego
em uma ratoeira. Bastian teve a estranha sensação de que aquele toque
desencadeara qualquer coisa que agora devia forçosamente seguir seu curso.
Levantou o livro e olhou-o por todos os lados. A capa era de seda cor-decobre
e brilhava quando ele mudava o livro de posição.
Folheando rapidamente o volume, observou que estava impresso em
duas cores diferentes. Não parecia ter gravuras, mas as letras que iniciavam
os capítulos eram grandes e muito ornamentadas. Examinando melhor a
capa, descobriu duas serpentes, uma clara e outra escura, que mordiam uma
a cauda da outra, formando uma figura oval. Dentro dessa figura, em letras
cuidadosamente traçadas, estava o título:
A História sem Fim
As paixões humanas são misteriosas, e as das crianças não o são menos
que as dos adultos. As pessoas que as experimentaram não as sabem
explicar, e as que nunca as viveram não as podem compreender. Há pessoas
que arriscam a vida para atingir o cume de uma montanha. Ninguém é capaz
de explicar por quê, nem mesmo elas. Outras arruínam-se para conquistar o
coração de uma determinada pessoa que nem quer saber delas. Outras, ainda,
destroem-se a si mesmas porque não são capazes de resistir aos prazeres da
mesa — ou da garrafa. Outras há que arriscam tudo o que possuem num jogo
de azar, ou sacrificam tudo a uma idéia fixa que nunca se pode realizar.
Algumas pensam que só podem ser felizes em outro lugar que não naquele
onde estão e vagueiam pelo mundo durante toda a vida. Há ainda as que não
descansam enquanto não conquistam o poder. Em suma, as .paixões são tão
diferentes quanto o são as pessoas.
A paixão de Bastian Baltasar Bux eram os livros.
Quem nunca passou tardes inteiras diante de um livro, com as orelhas
ardendo e o cabelo caído sobre o rosto, esquecido de tudo o que o rodeia e
sem se dar conta de que está com fome ou com frio. . .
Quem nunca se escondeu embaixo dos cobertores lendo um livro à luz
de uma lanterna, depois de o pai ou a mãe ou qualquer outro adulto lhe ter
apagado a luz, com o argumento bem-intencionado de que já é hora de ir
para a cama, pois no dia seguinte é preciso levantar cedo. . .
Quem nunca chorou, às escondidas ou na frente de todo mundo, lágrimas
amargas porque uma história maravilhosa chegou ao fim e é preciso dizer
adeus às personagens na companhia das quais se viveram tantas aventuras,
que foram amadas e admiradas, pelas quais se temeu ou ansiou, e sem cuja
companhia a vida parece vazia e sem sentido. . .
Quem não conhece tudo isto por experiência própria provavelmente não
poderá compreender o que Bastian fez em seguida.
Olhou fixamente o título do livro e sentiu, ao mesmo tempo, arrepios de
frio e uma sensação de calor. Ali estava uma coisa com a qual ele já havia
sonhado muitas vezes, que tinha desejado muitas vezes desde que dele se
apoderara aquela paixão secreta: uma história que nunca acabasse! O livro
dos livros!
Tinha de o conseguir a qualquer custo!
A qualquer custo? Isso era muito fácil de dizer! Mesmo que o livro
custasse mais do que os três marcos e cinqüenta pfennings da sua mesada,
que trazia no bolso e eram todo o dinheiro que possuía... aquele antipático
Sr. Koreander já lhe tinha explicado com toda a clareza que não lhe venderia
nenhum livro. E com certeza também não o daria de presente. Não havia
esperanças. . .
E, no entanto, Bastian sabia que não podia ir embora sem o livro.
Percebia agora que tinha entrado na loja por causa daquele livro, que o livro
o tinha atraído de alguma forma misteriosa, porque queria pertencer a ele.
Porque, de fato, a ele pertencera desde sempre!
Bastian escutou atentamente o murmúrio que continuava a se ouvir no
gabinete.
Sem se dar conta do que fazia, escondeu o livro embaixo do casaco e
apertou-o contra o corpo com ambos os braços. Sem fazer barulho, recuou
até à porta da loja, olhando sempre para a outra porta, a do gabinete. Ergueu
o trinco com cuidado. Não queria que os sininhos de latão fizessem barulho,
por isso entreabriu a porta de vidro só o necessário para poder escapulir para
a rua. Fechou a porta com cuidado pelo lado de fora, sem fazer barulho.
Só então começou a correr.
Os cadernos, os livros da escola e o estojo que estavam dentro da pasta
saltavam e faziam barulho ao ritmo dos seus passos. Começou a sentir uma
pontada do lado, mas continuou a correr.
A chuva escorria-lhe pelo rosto e entrava-lhe para o pescoço. O frio e a
umidade passavam pelo casaco, mas Bastian nem o notava.
Sentia calor, e não era só de correr.
A sua consciência, que não tinha dado sinal de vida enquanto ele estava
na loja, começava a despertar. Todas as justificativas que antes lhe tinham
parecido tão convincentes perdiam agora o seu valor, derretiam-se como
bonecos de neve ao sopro de um dragão que lança chamas pela boca.
Tinha roubado. Era um ladrão!
O que fizera era ainda pior do que um simples roubo. Sem dúvida aquele
livro era único e insubstituível. Fora, certamente, o maior tesouro do Sr.
Koreander. Roubar a um violinista o seu violino ou a um rei a sua coroa, era
muito pior do que assaltar um banco.
Enquanto corria, mantinha o livro bem apertado contra o corpo, por
baixo do casaco. Não o queria perder, apesar do muito que lhe ia custar. Era
tudo o que tinha no mundo.
Pois é claro que agora não podia voltar para casa.
Tentou imaginar seu pai, sentado no grande aposento em que trabalhava.
À sua volta havia dezenas de moldes de gesso de dentaduras humanas, pois
seu pai era dentista. Bastian nunca tinha pensado se seu pai gostava ou não
do trabalho que fazia. Pela primeira vez ocorrera-lhe isto, mas nunca mais
poderia perguntar aquilo a seu pai.
Se fosse agora para casa, o pai, interrompendo o trabalho, sairia da
oficina com seu avental branco, provavelmente trazendo na mão uma
dentadura de gesso, e perguntaria: "Já voltou?" "Já" responderia Bastian.
"Você não teve aula hoje?" Era como se visse o rosto triste e calmo de seu
pai; sabia que não seria capaz de lhe mentir. Mas também não podia dizerlhe
a verdade. Não, a única coisa que podia fazer era ir embora, para
qualquer lado, para muito longe. Seu pai nunca deveria saber que o filho era
um ladrão. E talvez nem sequer reparasse que Bastian já não estava em casa.
Esse pensamento era quase consolador.
Bastian deixara de correr. Agora ia devagar e, ao final da rua, avistou a
escola. Sem se dar conta, tinha tomado o caminho de costume. A rua
parecia-lhe completamente vazia, apesar de haver algumas pessoas. Mas,
para o aluno que chega tarde à escola, o mundo que o rodeia sempre parece
morto. De qualquer modo, Bastian tinha medo da escola, cenário das suas
derrotas diárias; medo dos professores, que o corrigiam amavelmente ou lhe
despejavam suas iras; medo dos outros rapazes, que dele zombavam e não
perdiam uma oportunidade sequer de lhe mostrar como ele era fraco e
desajeitado. Não era a primeira vez que a escola lhe parecia uma prisão onde
ele sofria um castigo infindável, que duraria até que ele crescesse e que tinha
de suportar com muda resignação.
Mas, agora, quando percorria os corredores cheios de ecos, que
cheiravam a cera e a casacos molhados, quando o silêncio ameaçador lhe
tapava os ouvidos como bolas de algodão e quando, finalmente, chegou em
frente da porta da sua classe, pintada com a mesma cor verde-espinafre das
paredes, percebeu de repente que também ali não tinha mais nada a perder.
Tinha de ir embora. E o melhor era fazê-lo já.
Mas para onde?
Bastian tinha lido em seus livros histórias a respeito de rapazes que se
alistavam em um navio e corriam o mundo em busca de sua sorte. Alguns
tornavam-se piratas ou heróis, outros voltavam ricos para casa ao fim de
muitos anos, sem que ninguém os reconhecesse.
Mas Bastian não tinha coragem para tanto. Além disso, estava
convencido de que não o aceitariam como grumete. Nem sequer sabia o
caminho para um porto onde houvesse navios apropriados para tão
arriscados empreendimentos.
Para onde ir, então?
E, de repente, lembrou-se do lugar certo, do único lugar onde — pelo
menos por agora — ninguém o iria procurar e encontrar. O sótão era grande
e escuro. Cheirava a pó e a naftalina. Não se ouvia nenhum ruído, a não ser o
tamborilar suave da chuva sobre as chapas de cobre do enorme telhado.
Grandes vigas enegrecidas pelo tempo erguiam-se a distâncias regulares
sobre o chão de madeira, encontravam-se lá em cima com as vigas do forro e
desapareciam na escuridão. Daqui e dali pendiam teias de aranha, grandes
como redes de dormir, que balançavam suave e fantasmagoricamente à
corrente de ar. Lá de cima, da clarabóia, descia um raio de luz
esbranquiçada.
A única coisa viva, neste lugar onde o tempo parecia ter parado, era um
ratinho que saltitava sobre as tábuas do assoalho e que deixava um rastro de
pegadas minúsculas impressas no pó. Entre as pegadas havia um risco fino
feito pela cauda que se arrastava no chão. De repente, o animalzinho parou e
ficou à escuta. E logo — fsst! — desapareceu num buraco entre as tábuas.
Ouviu-se o ruído de uma chave girando na grande fechadura. Devagar, a
porta do sótão se abriu rangendo, e, por alguns instantes, um longo raio de
luz atravessou o compartimento. Bastian entrou e fechou logo a porta, que
voltou a ranger. Meteu a grande chave pelo lado de dentro da fechadura e
deu-lhe a volta. Depois, empurrou o ferrolho e suspirou aliviado. Agora, era
impossível encontrá-lo. Ninguém viria procurá-lo ali. Raramente alguém ia
até o sótão — disso ele tinha certeza — e mesmo que alguém tivesse alguma
coisa para fazer ali nesse dia ou no dia seguinte, encontraria a porta fechada.
E a chave tinha desaparecido. Mesmo que, de alguma forma, conseguissem
abrir a porta, Bastian teria tempo para se esconder entre os trastes guardados
no sótão.
Pouco a pouco seus olhos se habituaram à escuridão. Conhecia bem
aquele lugar. Seis meses antes, o diretor da escola pedira-lhe que o ajudasse
a transportar um grande cesto de roupa cheio de impressos e papéis velhos,
que deveriam ser guardados no sótão. Fora então que vira onde estava
guardada a chave da porta: num armário de parede, pendurado no último
patamar da escada. Desde então, nunca mais tinha pensado nisso. Mas agora
lembrara-se outra vez.
Bastian começou a tiritar, pois o casaco estava encharcado e ali em cima
fazia muito frio. Antes de mais nada, tinha de procurar um lugar confortável.
Afinal, ele ia ficar muito tempo ali. Por quanto tempo? Bem, nisso ele não
queria pensar, nem na fome e na sede que em breve começaria a sentir.
Começou a explorar o local.
O sótão estava entulhado de toda a espécie de trastes, uns caídos, outros
em pé: estantes cheias de dossiês e livros de atas que já há muito tempo não
se utilizavam, carteiras empilhadas e manchadas de tinta, uma armação em
que estavam pendurados uma dúzia de mapas velhos, vários quadros-negros,
cuja tinta preta se descascara, fogões de ferro enferrujados, aparelhos de
ginástica inutilizados, tais como um cavalo, cujo revestimento de couro
estava tão rasgado que o forro saía lá de dentro, bolas de ginástica
rebentadas, um monte de colchões de ginástica velhos e manchados, e além
disso alguns animais empalhados, roídos pelas traças, entre eles uma enorme
coruja, uma águia real e uma raposa, toda a espécie de retortas químicas e
recipientes de vidro rachados, uma máquina eletrostática, um esqueleto
humano pendurado numa espécie de cabide, e muitas caixas e caixotes
cheios de velhos colchões de ginástica. Se se deitasse em cima deles, seria
como se estivesse sentado num sofá. Arrastou-os para debaixo da clarabóia,
onde havia mais luz. Perto dali estavam empilhadas algumas mantas da
tropa, rasgadas e bastante empoeiradas, mas que ainda podiam servir.
Bastian foi buscá-las. Tirou o casaco molhado e pendurou-o no cabide,
juntamente com o esqueleto. O monte de ossos balançou um pouco para cá e
para lá, mas Bastian não teve medo. Talvez porque estivesse habituado a
coisas muito parecidas em sua casa. Tirou também as botas encharcadas. De
meias, sentou-se sobre as pernas cruzadas em cima dos colchões de
ginástica, e cobriu os ombros com uma manta cinzenta, como um índio.
Tinha junto de si a pasta — e o livro de capa cor-de-cobre.
Pensou que, nesse momento, seus colegas deveriam estar na aula de
Língua. Talvez estivessem fazendo uma redação sobre algum tema
desinteressante.
Bastian olhou para o livro.
"Gostaria de saber", disse para si mesmo, "o que se passa dentro de um
livro quando ele está fechado. É claro que lá dentro só há letras impressas
em papel, mas, apesar disso, deve acontecer alguma coisa, porque quando o
abro, existe ali uma história completa. Lá dentro há pessoas que ainda não
conheço, e toda a espécie de aventuras, feitos e combates — e muitas vezes
há tempestades no mar, ou alguém vai a países e cidades exóticos. Tudo isso,
de algum modo, está dentro do livro. É preciso lê-lo para o saber, é claro.
Mas antes disso, já está lá dentro. Gostaria de saber como. . ."
E, de repente, sentiu que aquele momento tinha algo de solene.
Endireitou-se no assento, pegou o livro, abriu-o na primeira página e
começou a ler
A História sem Fim

segunda-feira, 30 de maio de 2011

sugestões de sites

Portal do Governo
Indicadores da educação e as novidades do ensino do país podem ser vistos através deste site oficial do governo.
www.educacao.gov.br

Educa Rede
Reúne materiais que podem ser aplicados em sala de aula, aborda temas atuais da educação no país e trata muito bem o assunto internet nas escolas.
www.educarede.org.br

Educacional
Trata de todas as etapas da educação, do ensino infantil até o médio. Além do mais, traz informações especiais sobre o novo acordo ortográfico.
www.educacional.com.br

Ao mestre com carinho
Publica temas sobre literatura, cidadania, sexualidade, meio ambiente, entre outros.
www.aomestrecomcarinho.com.br

Nova Escola
Informações pedagógicas, questões educacionais e reportagens da Revista Nova Escola, são apenas alguns temas deste grande site.
www.novaescola.com.br

Estude Fácil
Oferece dicas inovadoras, e traz diversas notícias sobre educação.
www.estudefacil.com.br

Educação on-line
Diversos artigos direcionados ao professor e as pessoas interessadas em educação.
www.educacaoonline.pro.br

Site de dicas
Dicas de educação, atividades, softwares educativos, são apenas alguns dos temas abordados neste ótimo site.
www.sitededicas.uol.com.br

Domínio Público
No ar desde 2004, este site oferece gratuitamente acesso a mais de 500 obras sobre literatura, poesia, questões educativas, etc.
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terça-feira, 10 de maio de 2011

OBRAS DE PEDRO BANDEIRA

4 a 8 anos
Série "Meus medinhos" (co-autor: Carlos Edgard Herrero)
1 A pequena bruxa Moderna
2 O pequeno bicho papão Moderna
3 O pequeno dragão Moderna
4 O pequeno fantasma Moderna
5 O pequeno lobisomem Moderna
6 O pequeno monstro Moderna

Série "Pequenos e Sabidos"
1 A menina danadinha (co-autor: Osnei Rocha) Ática
2 A menor fazedora de mágicas do mundo Moderna
3 A onça e o saci Moderna
4 Cidinha e a pulga da Cidinha FTD / Quinteto
5 O valente de calça molhada Moderna
6 Pequeno pode tudo Moderna
7 Por enquanto eu sou pequeno Moderna
8 Um gol de placa Moderna
9 Velhinho entalado na chaminé Moderna

Série "Fora de série"
Kindilin na Floresta Encantada (co-autor: Rogério Borges) Moderna


8 a 11 anos
Série "Histórias de Cidadania"

1 A contadora de histórias Melhoramentos
2 A eleição da criançada Melhoramentos
3 A eleição da criançada: 4 hist. Cidadania c/ CD Melhoramentos
4 Desastre na mata Melhoramentos
5 O pássaro Milcores Melhoramentos

Série "Histórias de Convivência"
1 A prima famosa Melhoramentos
2 O melhor presente Melhoramentos
3 O monstro do mar Melhoramentos
4 O reizinho da estrada Melhoramentos
5 O reizinho da estrada: 4 hist. de Convivência. c/ CD Melhoramentos

Série "Histórias de Ecologia"

1 A baleiazinha Melhoramentos
2 A baleiazinha: 4 histórias de Ecologia c/ CD Melhoramentos
3 A escola da vida Melhoramentos
4 O rei do grande rio Melhoramentos
5 Pirilim Melhoramentos


8 a 11 anos

Série "Risos e Rimas"

1 A hora do (des)conto Moderna
2 Cavalgando o arco-íris Moderna
3 Fábulas palpitadas Moderna
4 Mais respeito, eu sou criança! Moderna
5 Malasaventuras – safadezas do Malasarte Moderna
6 Uma ideia solta no ar Moderna

Série "Roda de Histórias"

1 Alice no País da Mentira Ática
2 As cores de Laurinha Moderna
3 É proibido miar Moderna
4 Gente de estimação Ática
5 O dinossauro que fazia au-au Melhoramentos
6 O fantástico mistério de Feiurinha (Prêmio Jabuti) Moderna
7 O mistério da fábrica de livros Moderna
8 O poeta e o cavaleiro FTD
9 O primeiro amor de Laurinha Moderna
10 Papo de sapato Melhoramentos

Série "Deixa que eu conto"

1 Chapeuzinho e o Lobo Mau FTD / Quinteto
2 O gato de botas FTD / Quinteto
3 O patinho feio FTD / Quinteto
4 Os três mosqueteiros Ática
5 Peter Pan Ática
6 Robin Hood FTD / Quinteto
7 Rosaflor e a Moura Torta Moderna


Contos em coletâneas

1 A marinheirinha (em "De conto em conto") Ática
2 O especialista (em "Segredos Perigosos") Record
3 Os cachos da situação (em "Histórias para não dormir") Ática
4 Os guardiões do grande segredo (em "Segredos Roubados") Record
5 Tia (em "Segredos de terror") Record
6 O último suspiro (em "Segredos de amor") Record
7 Um crime mais que perfeito (em "Histórias da meia noite") Record



8 a 11 anos

Série "Histórias de Cidadania"

1 A contadora de histórias Melhoramentos
2 A eleição da criançada Melhoramentos
3 A eleição da criançada: 4 hist. Cidadania c/ CD Melhoramentos
4 Desastre na mata Melhoramentos
5 O pássaro Milcores Melhoramentos

Série "Histórias de Convivência"

1 A prima famosa Melhoramentos
2 O melhor presente Melhoramentos
3 O monstro do mar Melhoramentos
4 O reizinho da estrada Melhoramentos
5 O reizinho da estrada: 4 hist. de Convivência. c/ CD Melhoramentos

Série "Histórias de Ecologia"

1 A baleiazinha Melhoramentos
2 A baleiazinha: 4 histórias de Ecologia c/ CD Melhoramentos
3 A escola da vida Melhoramentos
4 O rei do grande rio Melhoramentos
5 Pirilim Melhoramentos



11 a 16 anos

Série "Os Karas"

1 A Droga da Obediência Moderna
2 A Droga do amor Moderna
3 Anjo da morte Moderna
4 Droga de americana! Moderna
5 Pântano de sangue Moderna

Série "Paixão sem fim"

1 A marca de uma lágrima (Prêmio APCA) Moderna
2 Amor impossível, possível amor (co-autor: Carlos Q.Telles) FTD
3 Aqueles olhos verdes Moderna
4 Como conquistar essa garota Moderna
5 Histórias apaixonadas Ática
6 Lembrancinhas pinçadas lááá do fundo Objetiva
7 Mariana Ática
8 Minha 1ª paixão (co-autora: Elenice M. de Almeida) Moderna

Série "Mistério e Aventura... Com muito suspense!"

1 Brincadeira mortal Ática
2 Descanse em paz, meu amor... Ática
3 Horas de desespero Melhoramentos
4 O grande desafio Ática
5 Prova de fogo Ática


A partir de 14 anos

Série "Emoções"

1 A hora da verdade Ática
2 Agora estou sozinha... Moderna
2 Garrote, menino coragem Moderna
4 O medo e a ternura Moderna


Teatro (disponível pelo site)

1 A marca de uma lágrima
2 Feiurinha
3 Telmah
4 Malasaventuras

Curriculum Vitae - Pedro Bandeira

Pedro Bandeira nasceu em Santos, SP, em 09/03/42. Desde muito jovem, ainda em Santos, dedicou-se com entusiasmo ao teatro amador sob os auspícios de Patrícia Galvão, a Pagu, e foi por anos parceiro do grande dramaturgo Plínio Marcos.
Ao transferir-se para São Paulo, em 1961, ingressou na Universidade de São Paulo para cursar Ciências Sociais. Desde 1962, suas principais atividades profissionais foram a de jornalista e editor, logo seguida pela de publicitário, como redator, diretor de criação e diretor de marketing. Paralelamente, de 1962 a 1967, fez também teatro profissional como ator, diretor, cenógrafo e com teatro de bonecos e deu aulas de Literatura Brasileira e Portuguesa para o Ensino Médio e para cursos pré-vestibular. Trabalhou também em televisão em 1963 como apresentador de programas para a juventude e, de 1969 a 1984, protagonizou dezenas de comerciais para televisão.
A partir de 1972 começou a escrever histórias para crianças a serem publicadas em revistas de banca pelas editoras Abril, Saraiva e Rio Gráfica, até que, desde 1983, com a publicação de sua primeira história em formato de livro (“O dinossauro que fazia au-au”, pela Editora Moderna), passou a dedicar-se exclusivamente à criação de livros infantis e juvenis.
É o autor de Literatura Juvenil mais vendido no Brasil (11,4 milhões de exemplares até 2010, além de 11,2 milhões adquiridos pelo governo federal para distribuição às bibliotecas escolares).
Como especialista em letramento e técnicas especiais de leitura, profere conferências para professores em todo o Brasil. É casado com a Lia, tem três filhos (Rodrigo, Maurício e Marcelo) e uma porção de netinhos: Melissa, Michelle, Beatriz, Júlia e Érico.

Nome: Pedro Bandeira de Luna Filho.
Nome artístico: Pedro Bandeira.
Endereço:
Rua Luiz Matheus Mailasque, 472
Sub-distrito de Mailasque
CEP 18143-040 – São Roque – SP
Fone: 0xx11-4714-1307
Cel: 0xx11– 9937-7706
E-mail: pband@uol.com.br
RG: 2.990.881-4 (SSESP)
CPF: 056.912.578-20
PIS: 10.431.813.318
INSS: 11.707.471.082

Dados bancários pessoa física:
Banco Itaú (341) – Agência 0774 – São Roque – SP – Conta corrente: 37247-8

Dados Bancários de sua empresa Bandeira & Luna Ltda ME:
Banco: Itaú (341) – Agência 0774 – São Roque / SP – Conta Corrente: 40801-7
CNPJ: 62.569.090/0001-93 – C. C. M.: 9.733.290-9
Atividades profissionais de 1960 a 1983:
Educação: Professor de Literatura (Ensino Médio).
Teatro: ator, diretor, cenógrafo e com teatro de títeres.
Jornalismo: redator e editor.
Publicidade: redator, diretor de criação e de marketing.
Televisão: apresentador de programas para a juventude e ator de comerciais.

Atividades profissionais a partir de 1972:
Escritor de Literatura para crianças e jovens.
Pesquisador e conferencista sobre Literatura, Educação e Psicologia do Desenvolvimento.

Premiações:
Prêmio Colunistas – Melhor anúncio de mídia impressa – 1979
Prêmio Colunistas – Melhor anúncio de mídia impressa da Década de 70
Prêmio Jabuti (Câmara Brasileira do Livro) – “O fantástico mistério de Feiurinha”
– Melhor Livro Infantil – 1986
Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte)
“A marca de uma lágrima” – Melhor Livro Juvenil – 1986
Prêmio Adolfo Aizen (Academia Brasileira de Letras e União Brasileira de Escritores)
“Chá de sumiço” – Melhor Livro Infantil – 1992
Prêmio Altamente Recomendável Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil,
“A princesa e o pintor” – Categoria Tradução-Informativo – 2001
Prêmio Altamente Recomendável Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil,
“Caras, carinha e caretas, alimentos com sentimentos” – Categoria Reconto 2001
Título de “Cidadão Paulistano” – Câmara Municipal de São Paulo – 2003

Estas são as obras de Pedro Bandeira:

Literatura pré-escolar
O pequeno dragão – Editora Moderna – 1997
O pequeno fantasma – Editora Moderna – 1998
O pequeno bicho papão – Editora Moderna – 1998
O pequeno lobisomem – Editora Moderna – 1999
A pequena bruxa – Editora Moderna – 1999
O pequeno monstro – Editora Moderna – 2001
Kindilin na Floresta Encantada – Moderna – 2010

Literatura Infantil
É proibido miar – Editora Moderna – 1983
Cavalgando o arco-íris – Editora Moderna – 1984
Malasaventuras, safadezas do Malasarte – Editora Moderna – 1985
Pequeno pode tudo – Editora Moderna – 1987
Velhinho entalado na chaminé – Editora Moderna – 2010
A onça e o saci – Editora Moderna – 1994
Rosaflor e a Moura Torta – Editora Moderna – 1994
Por enquanto eu sou pequeno – Editora Moderna – 1994
Mais respeito, eu sou criança! – Editora Moderna – 1995
Chapeuzinho e o Lobo Mau – Quinteto Editorial – 1997
O patinho feio – Quinteto Editorial – 1997
O gato de botas – Quinteto Editorial – 1997
Cidinha e a pulga da Cidinha – Quinteto Editorial – 1997
Desastre na mata – Melhoramentos – 2003
A baleiazinha – Melhoramentos – 2003
A escola da vida – Melhoramentos – 2004
O rei do grande rio – Melhoramentos – 2004
Pirilim – Melhoramentos – 2004
O pássaro Milcores – Melhoramentos – 2004
A contadora de histórias – Melhoramentos – 2004
A eleição da criançada – Melhoramentos – 2004
O reizinho da estrada – Melhoramentos – 2005
A prima famosa – Melhoramentos – 2005
O melhor presente – Melhoramentos – 2005
O monstro do mar – Melhoramentos – 2005
Uma idéia solta no ar – Moderna – 2009
Papo de sapato – Melhoramentos – 2005
A baleiazinha e outras histórias de Ecologia (com CD) – Melhoramentos – 2005
Alice no País da Mentira – Ática – 2005
O dinossauro que fazia au-au – Melhoramentos – 2006
Lembrancinhas pinçadas lááá do fundo – Objetiva – 2006
O reizinho da estrada e outras histórias de convivência (com CD) – Melhoramentos – 2006
A hora do (des)conto – Moderna – 2006
A menina danadinha – Ática – 2007
Peter Pan – Ática – 2007
Os três mosqueteiros – 2007
Fábulas palpitadas – Moderna – 2007
A eleição da criançada e outras histórias de cidadania (com CD) – Melhoramentos – 2007
As cores de Laurinha – Moderna – 2009
O primeiro amor de Laurinha – Moderna – 2009
O mistério da fábrica de livros – Moderna – 2010
A menor fazedora de mágicas do mundo – Moderna – 2009
O fantástico mistério de Feiurinha – Prêmio Jabuti (CBL) Melhor Livro Infantil – Moderna – 2009

Literatura Juvenil
Série “Os Karas”
A Droga da Obediência – Editora Moderna – 1984
Pântano de sangue – Editora Moderna – 1987
Anjo da morte – Editora Moderna – 1988
A Droga do amor – Editora Moderna – 1994
Droga de americana! – Editora Moderna – 1999

A marca de uma lágrima – Prêmio APCA – Melhor Livro Juvenil 86 – Editora Moderna – 1986
Agora estou sozinha... – Editora Moderna – 1988
Minha primeira paixão – Editora Moderna – 2010
Brincadeira mortal – Editora Ática – 1996
Prova de fogo – Editora Ática – 1996
Descanse em paz, meu amor... – Editora Ática – 1996
Mariana – Editora Ática – 1996
O medo e a ternura – Editora Moderna – 1996
Gente de estimação – Editora Ática – 1996
O grande desafio – Editora Ática – 1996
Amor impossível, possível amor – Editora FTD – 1997
O poeta e o cavaleiro – Editora FTD – 1998
A hora da verdade – Editora Ática – 1998
Como conquistar essa garota – Editora Moderna – 2011
Aqueles olhos verdes – Editora Moderna – 2011
Robin Hood – Quinteto Editorial – 2003
Histórias apaixonadas – Ática – 2006
Garrote, menino coragem – Moderna – 2009

Traduções
A História do Xadrez – Salamandra – 2000
Prêmio Altamente Recomendável Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil,
– Categoria Tradução-Informativo – 2001
A princesa e o pintor – Jane Johnson – Salamandra – 2000

Recontos
Caras, carinhas e caretas – S. Freymann – Salamandra – 2000
Prêmio Altamente Recomendável Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil,
– Categoria Reconto – 2001
Um dia daqueles – Bradley T. Greive – Sextante – 2001
Querida mamãe – Bradley T. Greive – Sextante – 2001

Contos em coletâneas:
A marinheirinha (in “De Conto em Conto”) – Ática – 2001
O especialista (in “Segredos Perigosos”) – Record – 2008
Os guardiões do grande segredo (“in “Segredos Roubados”) – Record – 2009
O último suspiro (in “Segredos de Amor”) – Record – 2010
Tia (in “Segredos de Terror”) – Record – 2010
Um crime mais que perfeito (in “Depois da meia-noite”) – Record – 2010
Os cachos da situação (in “Histórias para não dormir”) – Ática – 2009

Peças de Teatro
O fantástico mistério de Feiurinha – disponível pelo sítio WWW.bibliotecapedrobandeira.com.br
A marca de uma lágrima – disponível pelo sítio WWW.bibliotecapedrobandeira.com.br
Telmah – disponível pelo sítio WWW.bibliotecapedrobandeira.com.br

Nota: para textos inéditos, contos, adaptações e peças de teatro, para os pequenos, para os jovens e para os mais adultos, além de mais detalhes sobre o Autor, visitar o sítio www.bibliotecapedrobandeira.com.br

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Mundo do Sítio

http://www.mundodositio.com.br/institucional/assine.xhtml

O link acima possui várias atividades relacionadas às obras de Monteiro Lobato, excelentes para desenvolver com os alunos. Aproveitem.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Música - O piolho

Eu tenho os pés na sua cabeça
Eu quero que você não me esqueça
Nunca mais (refrão)

O aurélio diz que sou um inseto sugador
Mais sinto muito amor
Por cabelo de anjo
Seja ele qual for
Cabelo loirinho, encaracoladinho
Mas também pode ser muito lisinho...
Moreno comprido escorrido
E também pode ser, muito curto e crespinho,
Pode ruivo, castanho, bem duro,
Qualquer tipo de cabelo me satisfaz
(refrão)
Sou muito insistente,
Sou conquistador.
Pois fico resistente aos venenos com que, você me viciou...
Shampu, sabonete, vinagre, perfume, creme, neocid, tudo eu acho normal.
Pela homeopatia tenho até simpatia
Porque ela é muito mais natural
Só tem duas coisas que vão me matando
É passar pente fino e mão me catando
(refrão)
Quando eu dou criança
O meu nome é lêndia
Mais a minha infância
Dura pouco demais...
Logo, logo eu cresço,
Pra infernizar tudo,
E faço minha casa
No teu coro cabeludo.
Não escolho cabeça nem classe social,
Pra mim rico ou podre,
É tudo igual!

Bia Bedran

Na casa do professor tem o CD.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo)

A presença das tecnologias, principalmente do computador nas escolas, tem levado as instituições de ensino e os professores a adotarem novas posturas frente ao processo de ensino e de aprendizagem.

Levy (1995) afirma que a informática é um campo de novas tecnologias intelectuais, aberto, conflituoso e, parcialmente, indeterminado. Nesse contexto, a questão do uso desses recursos, particularmente na educação, ocupa posição central e, por isso, é importante refletir sobre as mudanças educacionais provocadas por essas tecnologias, propondo novas práticas docentes e buscando proporcionar experiências de aprendizagem significativas para os alunos.

Sendo o ProInfo um programa educacional com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica, leva às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais. Em contrapartida, estados, Distrito Federal e municípios devem garantir a estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os educadores para uso das máquinas e tecnologias.

A Secretaria Municipal de Educação em parceria com o MEC, oferecerá a partir de maio de 2011 o Curso de Introdução à Educação Digital – 40hs (32 h presenciais e 8 h não presenciais), que será oferecido através do PROINFO.
Sendo ministrado, posteriormente, o Curso de Tecnologia na Educação Ensinando e Aprendendo com as TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) – carga horária de 100 h e de Elaboração de Projetos – carga horária de 40 h. O certificado dos cursos serão expedido pelo MEC.

A inscrição do primeiro curso aconteceu nas escolas e foi oferecida a todos os envolvidos com a educação, terá a duração de 3 a 4 meses, sendo a aula semanal. O Curso será desenvolvido no LIEd da EMEF Barão de Monjardim localizada na Rua Negri Orestes, nº 60, Centro, João Neiva.
Coordenadora Municipal do PROINFO – Eliane Cometti Soprani

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Monteiro Lobato

QUANDO TUDO ACONTECEU...

O maior escritor infantil brasileiro de todos os tempos, José Bento Monteiro Lobato, nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté (SP). Cresceu numa fazenda, se formou em direito sem nenhum entusiasmo, já que sempre quis ser pintor! Desenhava bem! Quando estudante, participou do grupo "O Cenáculo" e entre risadas e leituras insaciáveis, escreveu crônicas e artigos irreverentes. - Em 1907 foi para Areias como promotor público, casou com Maria Pureza com quem teve três filhos. Entediado com a vida numa cidade pequena, escreveu prefácios, fez traduções, mudou para a fazenda Buquira, tentou modernizar a lavoura arcaica, criou o polêmico "Jeca Tatu", fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre o SACI publicada no Jornal O Estado de São Paulo. - Em 1918 lançou, com sucesso, seu primeiro livro de contos URUPÊS. Fundou a Editora Monteiro Lobato & Cia, melhorando a qualidade gráfica vigente, lançando autores inéditos e chegando à falência. - Em 1920 lançou A MENINA DO NARIZ ARREBITADO, com desenhos e capa de Voltolino, conseguindo sua adoção em escolas e uma edição recorde de 50.000 exemplares. - Fundou a Cia Editora Nacional no Rio de Janeiro. Convidado pra ser adido comercial em New York ficou lá por 4 anos (de 1927 a 1931) fascinado por Henry Ford, pela metalurgia e petróleo. Perdeu todo seu dinheiro no crash da bolsa. - Voltou para o Brasil, se jogou na Campanha do Petróleo, fazendo conferências, enviando cartas, conscientizando o país inteiro da importância do óleo. Percebeu, então, o quanto era conhecido e popular. Foi preso! Alternou entusiasmo e depressão com o Brasil. - Participou da Editora Brasiliense, morou em Buenos Aires, foi simpatizante comunista, escreveu para crianças ininterruptamente e com sucesso estrondoso, traduziu muito e teve suas obras traduzidas. - Morreu em 4 de julho de 1948 dum acidente vascular. - Suas obras completas são constituídas por 17 volumes dirigidos às crianças e 17 para adultos englobando contos, ensaios, artigos e correspondência.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

INTERTEXTUALIDADE

A TERRA DOS MENINOS PELADOS

Conta à história de Raimundo, alvo das chacotas dos colegas por ser calvo e ter um olho azul, outro preto. Conformado a princípio com a situação, experimentando assinar-se Dr. Raimundo Pelado pelos muros, acaba resolvendo ir, certa hora, para a terra de Tatipirun, onde "todos os caminhos são certos" e se aplainam para ele passar. Em Tatipirun, embora muito diferentes entre si, os meninos são todos calvos, têm um olho preto, outro azul, as cigarras tocam suas músicas em grandes discos, as laranjeiras se curvam para oferecer suas laranjas aos passantes. Vindo de Cambacará, Raimundo estranha as vestimentas dos garotos, iguais às teias que viu serem fabricadas pelas aranhas vermelhas, e se vê dentro de um mundo inteiramente plástico, capaz de se comprimir e descomprimir para lhe oferecer conforto físico, conforto moral. Integrando-se gradativamente à terra, Raimundo vai conhecendo Pirenco, Talima, Sira, um menino-anão e Caralâmpia, a menina que virou princesa e tem nos braços pulseiras de cobra coral, no peito um broche de vaga-lume. Procurando sempre os maquinismos ocultos, preocupado com a lição de geografia, e retificando a lição de geografia, Raimundo atravessa essa terra toda feita de diferenças, onde se reordenam alguns conceitos que possuía. Apesar de ser insistentemente convidado a ficar em Tatipirun, volta para Cambacará. Tendo partido com o dever de geografia física por fazer, volta com a clareza de uma geografia política a construir, e a lição de aristocracia que lá fora procurar

OBRAS QUE APRESENTAM INTERTEXTUALIDADE:
Uma maré de desejos – Georgina da Costa Martins
Vidas secas – Graciliano Ramos
Capitães da areia – Jorge Amado
Chapeuzinho amarelo - Chico Buarque
A galinha preta – Martina Schlossmacher e Iskender Gider

GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS

JESUS, O MAIOR EDUCADOR DE TODOS OS TEMPOS

A cigarra moderna

Era uma vez, uma formiguinha e uma cigarra muito amigas. Durante todo o outono, a formiguinha trabalhou sem parar, armazenando comida para o período de inverno. Não aproveitou nada do sol, da brisa suave do fim da tarde e nem o bate-papo com os amigos ao final do trabalho tomando uma cervejinha gelada. Seu nome era 'Trabalho', e seu sobrenome era 'Sempre'.

Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e
nos bares da cidade; não desperdiçou nem um minuto sequer.
Cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, curtiu prá
valer sem se preocupar com o inverno que estava por vir.
Então, passados alguns dias, começou a esfriar.
Era o inverno que estava começando.

A formiguinha, exausta de tanto trabalhar, entrou para a sua singela e
aconchegante toca, repleta de comida.
Mas alguém chamava por seu nome, do lado de fora da toca.
Quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu.
Sua amiga cigarra estava dentro de uma Ferrari amarela com um
aconchegante casaco de vison.

E a cigarra disse para a formiguinha:
- Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris.
- Será que você poderia cuidar da minha toca?
- E a formiguinha respondeu:
- Claro, sem problemas!
- Mas o que lhe aconteceu?
- Como você conseguiu dinheiro para ir à Paris e comprar esta Ferrari?

E a cigarra respondeu:
Imagine você que eu estava cantando em um bar na semana passada e um
produtor gostou da minha voz.
Fechei um contrato de seis meses para fazer show em Paris...
À propósito, a amiga deseja alguma coisa de lá?

Desejo sim, respondeu a formiguinha.
Se você encontrar o La Fontaine (Autor da Fábula Original) por lá, manda
ele pastar!!!'


Moral da História:
Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, pois trabalho em demasia só traz benefício em fábulas do La Fontaine e ao seu patrão.
Trabalhe, mas curta a sua vida.
Ela é única!!!
Se você não encontrar a sua metade da laranja, não desanime, procure
sua metade do limão, adicione água e açúcar e tome uma limonada!
"Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. O romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."(Luis Fernando Veríssimo)