sexta-feira, 11 de novembro de 2011

NOVOS LIVROS DA CASA DO PROFESSOR

O fio das missangas
Contos mínimos
Uma ilha chamada livro
Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra
As cem melhores crônicas brasileiras
O prazer de ler
Atlas de Itabira
Educação infantil – fazeres e saberes da formação dos professores
Guilherme Augusto Araújo Fernandes
Viviana Rainha do pijama
Residência no ar
O carteiro chegou
Vamos comer
Dez patinhos
A senha do mundo
Rubem Braga – melhores contos
Projetos e ambientes inovadores
Reflexões sobre a educação no próximo milênio
Ensino Fundamental
Um olhar sobre a escola
Escola hoje
Conversa de professor – Ciências
Conversa de professor – Matemática
Escola hoje
Viagens de leitura
Conversa de professor – Língua Portuguesa
Livros etc...
Viagens de leitura
Cartas aos professores rurais de Ibiúna
Ações de informação e de incentivo à leitura
Ações de informação e de incentivo à leitura
Ensino fundamental de nove anos
E-mails pedagógicos
A criança de seis anos, a linguagem escrita e o ensino fundamental de nove
Prova Brasil
Drogas: Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
Ensino fundamental de nove anos
Entreartes- Oficina Escola que vale
CONAE 2010
Prova Brasil
Banco de atividades habituais de leituras
Explorando o ensino de Ciências
Explorando o ensino de Matemática
Explorando o ensino de Geografia
Explorando o ensino de História
Explorando o ensino de Literatura
Explorando o ensino de Língua Portuguesa
A floresta e a escola - por uma educação ambiental pós-moderna
Pedeagogia PROFANA - Danças, piruetas e mascaradas
Antônio Flávio Barbosa Moreira - Pesquisador em currículo
Carlos Roberto Jamil Cury - Intelectual e Educador
Morte e vida severina - João Cabral de Melo Neto
A Máquina do tempo - H. G. Wells
Dom Casmurro e os discos voadores - Machado de Assis & Lúcio Manfred
Como orientar a pesquisa escolar - Carol Kuhlthau
O uso da calculadora nos anos iniciais do ensino fundamental
Brincar e jogar - enlaces teóricos e metod. no campo da educ. matemática
Antropologia & educação
Aprendendo valores éticos
A biblioteca escolar - Temas para uma prática pedagógica
Crise na escola e políticas educativas
Da escola para casa: alçfabetização
adivinha quanto eu te amo
Chapeuzinho amarelo
A festa no céu
Metodologia científica
Guilhermo Augusto Araújo Fernandes

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

FRASES SOBRE LEITURA

Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca as ideias.
Pablo Neruda

A leitura de um grande livro é muito mais rica que assistir a um grande filme.
Steven Spielberg

É claro que meus filhos terão computadores, mas antes terão livros.
Bill Gates

O mundo é um belo livro, mas com pouca utilidade para quem não sabe ler.
Carlo Goldoni

Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro.
Henry Thoreau

O mais difícil não é escrever muito; é dizer tudo, escrevendo pouco.

A televisão é muito educativa. Toda vez que alguém liga uma, entro num quarto para ler um livro.
Groucho Marx

De toda a minha literatura, você é a minha melhor página.

O homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem sobre o homem que não sabe ler.

As dificuldades são como as montanhas. Elas só se aplainam quando avançamos sobre elas. Leia mais!

O declínio da literatura indica o declínio de uma nação.
Goethe

Não é a beleza, mas sim a humanidade o objetivo da literatura.
Salamah Mussa

A realidade não é uma inspiração para a literatura. No máximo, a literatura é uma inspiração para a realidade.
Romain Gary

A literatura torna o mundo real, dando-lhe forma e permanência.
Fernando Pessoa

Escrever é uma boa maneira de falar sem ser interrompido.
Jules Reynard

Nenhum livro é tão ruim a ponto de não se poder aprender nada com ele.
Plínio

A leitura é conversação silenciosa.
Walter Savage Landor

Ler é pensar com a cabeça dos outros.
Arthur Schopenhauer

A leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo.
Joseph Addison

Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento.
A. Helps

Há escritores que escrevem literatura. outros só conseguem escrever palavras.
Raymanod Chandler

Escolha um autor como escolheria um amigo.
Dillon

Escrevemos porque ninguém nos ouve.
Georges Perros

A arte de escrever é uma das poucas atividades criativas restantes em nossa cultura.
David Poyer

O gosto pela leitura cresce à medida que se lê.
Erasmo de Rotterdam

A literatura não permite caminhar, mas permite respirar.
Roland Barthes

A leitura nos permite viajar sem sair do lugar.

O verdadeiro analfabeto é aquele que aprendeu a ler e não lê.
Mário Quintana

Quem não lê não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo.
Paulo Francis

A leitura nutre a inteligência.
Sêneca

Um país se faz com homens e livros.
Monteiro Lobato

A pessoa que não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.
Malba Tahan

Onde eu não estou, as palavras me acham.
Manoel de Barros

A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida.

O mais valioso de todos os talentos é aquele de nunca usar duas palavras quando uma basta.
Thomas Jefferson

A verdadeira universidade de hoje é uma coletânea de livros.
Thomas Carlyle

A literatura deve ser realmente o lugar onde podem surgir novas idéias que repensem o mundo.
Salman Rushdie

Quem não lê não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo.
Paulo Francis

A leitura nutre a inteligência.
Sêneca

Um país se faz com homens e livros.
Monteiro Lobato

O verdadeiro analfabeto é aquele que aprendeu a ler e não lê.
Mário Quintana

A leitura nos permite viajar sem sair do lugar.

O mundo é um belo livro, mas com pouca utilidade para quem não sabe ler.

Comentário do blog da escritora Roseana Murray após a pelestra em João Neiva.

Domingo, 23 de outubro de 2011
JOÃO NEIVA
João Neiva é uma cidade bem pequena que nasceu há 110 anos a partir da Estação de Trem. Era um núcleo da Vale do Rio Doce. Hoje a Estação não existe mais e a locomotiva dorme no Museu do Trem que fui visitar e é lindo. Fiquei hospedada num hotel estranho e pitoresco, mistura de casa de família com albergue e no caminho para o café da manhã encontrei as samambaias choronas mais bonitas do mundo! Fui recebida por Tatiana Mai que é um feixe elétrico de entusiasmo. Deixei minhas coisas no hotel e fomos almoçar na Casa Brasil, um restaurante muito simpático na beira da estrada. Comi uma farofa capixaba inesquecível. Antes de chegar a João Neiva passamos pela entrada de um Templo Budista e fiquei com muita vontade de conhecer o templo.
A minha fala aconteceu num salão imenso onde estavam todas as instalações que as escolas fizeram para o Festival Literário da cidade e eram lindas. Haveria um jantar depois da nossa conversa e as professoras estavam sentadas em mesas para quatro pessoas. Eu teria que competir com queijinhos e azeitonas e o impulso que qualquer ser humano tem para conversar quando estão vários juntos em volta de uma mesa! Mas felizmente as pessoas me ouviram, era uma platéia maravilhosa, muito receptiva e estavam presentes o Prefeito e o Secretário de Educação que foram super gentis comigo.
Foi servido o jantar, delicioso. Foram sorteados muitos presentes, era uma homenagem ao Dia do Professor. Eu que nunca tenho sorte em sorteios desta vez fiquei surpresa: ganhei uma torradeira maravilhosa que estreamos hoje no nosso café da manhã!!!
Na volta para Vitória, fomos ao Templo Budista, mas não nos deixaram entrar, já que não era dia de visita. O lugar era tão lindo que tive vontade de sentar no chão e chorar de tanta decepção. Trouxe uns postais que me deram e Juan, meu marido , ficou tão apaixonado que a partir dos postais e do que pesquisou na internet, escreveu um blog para seu jornal, o El País, que será publicado amanhã.
O motorista me sugeriu, já que tinhamos tempo, que subissemos a serra até Santa Teresa e foi o que fizemos. Chovia e havia neblina. O caminho, sinuoso, era belíssimo e a pequena cidade é linda mesmo, com uma praça toda florida, com um coreto super antigo. Cristina, a professora que era nossa carona, pois estava indo a Vitória visitar a avó de 96 anos, foi uma guia excelente. Paramos na padaria para tomar café e descemos a serra. Meu voo foi perfeito e a casa me esperava, Juan me esperava, as gatas me esperavam...Vanda, nossa caseira, fez um almoço lindo e Arnaldo e Gisela, nossos amigos taxistas ficaram para almoçar.

Postado por Roseana Murray às 08:56

CONTO OU CRÔNICA

O Homem Nu

Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares... Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.

Fernando Sabino

CONTO OU CRÔNICA? O inferninho e o Gervásio

O cara que me contou esta história não conhece o Gervásio, nem se lembra quem lhe contou. Eu também não conheço o Gervásio nem quem teria contado a história ao cara que me contou, portanto, conto para vocês, mas logo vou explicando que não estou inventando nada.

Deu-se que o Gervásio tinha uma esposa desses ditas “amélias”, embora gorda e com bastante saúde. Porém, Mme. Gervásio não era de sair de casa, nem de muitas badalações. Um cineminha de vem em quando e ela ficava satisfeita.

Mas deu-se também que o Gervásio fez 25 anos de casado e baixou-lhe um remorso meio chato. Afinal, nunca passeava, a coitada, e, diante do remoer de consciência, resolveu dar uma de bonzinho e, ao chegar em casa, naquele fim de tarde, anunciou:

— Mulher, mete um vestido melhorzinho que a gente vai jantar fora!

A mulher nem acreditou, mas pegou a promessa pelo rabo e foi se empetecar. Vestiu aquele do casamento da sobrinha e se mandou com o Gervásio para Copacabana. O jantar — prometia o Gervásio — seria da maior bacanidade.

Em chegando ao bairro que o Conselheiro Acácio chamaria de “floresta de cimento armado”, começou o problema da escolha. O táxi rodava pelo asfalto e o Gervásio ia lembrando: vamos ao Nino's? Ao Bife de Ouro? Ao Chauteau? Ao Antonio's? Chalet Suisse? Le Bistrô?

A mulher — talvez por timidez — ia recusando um por um. Até que passaram em frente a um inferninho desses onde o diabo não entra para não ficar com complexo de inferioridade. A mulher olhou o letreiro e disse:

— Vamos jantar aqui.

— Aqui??? — estranhou Gervásio. — Mas isto é um inferninho!

— Não importa - disse a mulher. — Eu sempre tive curiosidade de ver como é um negócio desses por dentro.

O Gervásio ainda escabriu um pouquinho, dizendo que aquilo não era digno dela, mas a mulher ponderou que ele a deixara escolher e, por isso, era ali mesmo que queria jantar. Vocês compreendem, né? Mulher-família tem a maior curiosidade para saber como é que as outras se viram.

Saíram do táxi e, já na entrada, o porteiro do inferninho saiu-se com “Boa-noite, Dr. Gervásio” marotíssimo. Felizmente a mulher não ouviu. O pior foi lá dentro, o maitre d'hotel abriu-se no maior sorriso e perguntou:

— Dr. Gervásio, a mesa de sempre? — e foi logo se encaminhando para a mesa de pista.

Gervásio enfiou o macuco no embornal e aguentou as pontas, ainda crédulo na inocência da mulher. Deu uma olhada para ela, assim como quem não quer nada, e não percebeu maiores complicações. Mas a insistência dos serviçais de inferninho é comovedora. Já estava o garçom ali ao pé do casal, perguntando:

— A senhorita deseja o quê? — e, para o Gervásio: — Para o senhor o uísque de sempre, não, Dr. Gervásio?

A mulher abriu a boca pela primeira vez, para dizer:

— O Gervásio hoje não vai beber. Só vai jantar.

— Perfeito — concordou o garçom. — Neste caso, o seu franguinho desossado, não é mesmo?

O Gervásio nem reagiu. Limitou-se a balançar a cabeça, num aceno afirmativo. E, depois, foi uma dureza engolir aquele frango que parecia feito de palha e matéria plástica. O ambiente foi ficando muito mais para urubu do que para colibri, principalmente depois que o pianista veio à mesa e perguntou se o Dr. Gervásio não queria dançar com sua dama “aquele samba reboladinho.”

Daí para o fim, a única atitude daquele marido que fazia 25 anos de casado e comemorava o evento foi pagar a contar e sair de fininho. Na saída, o porteiro meteu outro “Boa-noite, Dr. Gervásio”, e abriu a porta do primeiro táxi estacionado em frente.

Foi a dupla entrar na viatura e o motorista, numa solicitude de quem está acostumado a gorjetas gordas, querer saber:

— Para o hotel da Barra, doutor?

Aí ela engrossou de vez: — Seu moleque, seu vagabundo! Então é por isso que você se “esforça” tanto, fazendo extras, não é mesmo? Responde, palhaço!

O Gervásio quis toimar uma atitude digna, mas o motorista encostou o carro, que ainda não tinha andado cem metros, e lascou:

— Dr. Gervásio, não faça cerimônia: o senhor querendo eu dou umas bolachas nessa vagabunda, que ela se aquieta logo.

STANISLAW PONTE PRETA

Palestra da escritora Roseana Murray

Palestra da escritora Roseana Murray